O Sol tivesse apagado...
A Lua se tornado um clarão...
Mas não foi para me tirar da escuridão.
Foi para encandear minha visão,
Me impedir de enxergar toda e qualquer coisa que pudesse me fazer bem.
Tento correr...fugir..te encontrar em algum lugar.
Mas tudo que encontro em cada esquina que dobro...
É tua ausência fazendo companhia a minha solidão.
Alguém com um cilindro de oxigênio...
Sinto-me sufocar.
A cada momento que se passa
Um pedaço de mim vai junto.
O tempo parece querer arrancar cada memória em mim existente,
para lhe fazer companhia na sua passagem..
...SUA IDA.
Minha pele é arrancada, na tentativa frustrada de tirar-te por completo das minhas memórias.
Quase vejo o sangue pingar,
Mas não consigo, teu sorriso teima junto com a Lua em encadear minha visão.
E tudo que posso sentir é o rasgar do meu peito, enquanto tua imagem vai se reunindo com tudo que me ofereceste,
E embaçando ainda mais meus olhos.
Teimo em querer ver algo, mas tudo que consigo é sentir
que estou definhando, estou me esvaindo de mim mesma.
É como se tivesse a sensação de morrer em vida..
Tudo em me já está morto...mas minha alma, permanece para provar do martírio
Que é viver com a falta e a lembrança do teu sorriso,
sorrindo alegremente para minha tristeza, que teima em querer te olhar..
e não consegue fazer outra coisa a não ser pensar...
Lembrar...
Constatar...
Que dois e dois são um.
E na falta de um, o outro não é ninguém ...
É conjunto vazio...
Vazio...
Vazio...
Vazio cheio de falta de vida, de ar, de querer...